Perguntas e Respostas mais frequentes
1. O que são variantes do vírus original e como surgem?
Quando um vírus faz cópias de si mesmo, essas alterações são consideradas mutações. Um vírus com uma ou várias novas mutações é considerado como uma variante do original.
Segundo a OMS, o SARS-CoV-2, tende a alterar-se mais lentamente do que outros vírus já conhecidos, como o Influenza que causa a gripe.
Até agora, centenas de variações do SARS-CoV-2 foram identificadas em várias partes do mundo, com a grande maioria a ter um reduzido impacto nas propriedades do coronavírus original.
2. Quais são as variantes de preocupação do SARS-CoV-2?
As variantes de preocupação do SARS-CoV-2, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), são quatro (4), nomeadamente:
- Variante Alfa – detectada inicialmente no Reino Unido em Dezembro de 2020;
- Variante Beta – associada à África do Sul desde Dezembro de 2020;
- Variante Gamma – identificada no Brasil (Manaus) em Janeiro de 2021 e
- Variante Delta – originária da Índia e classificada como de preocupação em Maio de 2021.
Uma variante é considerada de preocupação quando se verifica:
- Maior transmissibilidade do vírus;
- Alteração clínica da doença;
- Diminuição da eficácia das medidas sociais e de saúde pública, dos diagnósticos, das vacinas e dos tratamentos disponíveis.
3. Quais são as variantes de interesse do SARS-CoV-2?
A OMS classificou outras sete (7) alterações do vírus SARS-CoV-2 como variantes de interesse:
- Variante Épsilon – detectada nos Estados Unidos da América (EUA) em Março
- de 2020;
- Variante Zeta – detectada no Brasil em Abril de 2020;
- Variante Eta – distribuída por diversos países desde Dezembro de 2020;
- Variante Theta – detectada nas Filipinas em Janeiro de 2021;
- Variante Lota – detectada nos EUA em Novembro de 2020;
- Variante Kappa – detectada na Índia em Outubro de 2020;
- Variante Lambda – associada ao Perú.
Uma variante é considerada de interesse quando é identificada como causadora de transmissão comunitária e detectada em vários países.
4. Variante Delta
A OMS estima que a variante Delta tenha um grau de transmissibilidade de cerca de 60% superior à variante Alfa (associada ao Reino Unido). A Delta apresenta múltiplas mutações na proteína spike que faz com que apresente uma maior capacidade de transmissão e de evasão (fuga) ao sistema imunológico.
5. Qual é o impacto das variantes na eficácia das vacinas?
A OMS orienta à vacinação completa (toma de todas as doses recomendadas) contra o novo coronavírus SARS-CoV-2 porque todas as vacinas actualmente em uso continuam eficazes contra todas as estirpes, incluindo a Delta, para prevenir casos de doença grave e morte.
6. Como são identificadas as variantes?
Desde o início da pandemia, a OMS está a trabalhar com uma rede global de laboratórios especializados em investigação e na realização de testes para melhor compreender o comportamento do SARS-CoV-2. Estes grupos de pesquisa sequenciam o SARS-CoV-2 e compartilham os resultados em bancos de dados públicos. Esta colaboração global permite aos cientistas de várias partes do mundo rastrear o vírus e as suas mutações de forma mais eficaz e rápida. A rede global de laboratórios da OMS inclui ainda um grupo de trabalho sobre a evolução do SARS-CoV-2 dedicado especificamente a detectar novas mutações e a avaliar o seu previsível impacto.
7. Como é feita a detecção das variantes em Moçambique?
O Instituto Nacional de Saúde (INS) é responsável por coordenar as actividades de diagnóstico laboratorial do SARS-CoV-2 em Moçambique, através dos laboratórios de Saúde Pública. Actualmente, para o diagnóstico das variantes, as amostras moçambicanas são enviadas à vizinha África do Sul. Contudo, espera-se, que até finais de 2021, Moçambique possa testar amostras para o diagnóstico das novas variantes do novo coronavírus. Encontrando-se, neste momento, em fase de criação de todas as condições necessárias (aquisição de equipamentos e treino do pessoal).