Um estudo apresentado hoje em Maputo, durante a conferência científica sobre a COVID-19, mostra que grande parte dos moçambicanos não usa máscara.
O estudo em alusão, baseado em observação estruturada, foi realizado pelo Centro de Investigação em Saúde da Manhiça e abrangeu um total de 8 761 pessoas. O estudo concluiu que 46% usava máscara e 54% não usava máscara.. Destes, 1 892 cidadãos usava bem a máscara e 2 168 usava mal.
Este trabalho científico mostra que para reverter este cenário, deve haver necessidade de reforçar mensagens para mudança de comportamento. Por outro lado, recomenda a fiscalização do cumprimento antes de se considerar que o país está preparado para relaxar as medidas.
O estudo foi apresentado por Khátia Mumguambe, do Centro de Investigação em Saúde de Manhiça durante a conferência científica sobre a COVID-19 no primeiro painel, que tinha como tema “A implementação de medidas de prevenção da COVID-19 em Moçambique”.
Munguambe revelou ainda que a lavagem das mãos é a prática mais presente entre os moçambicanos.
Já António Prista, professor catedrático da Universidade Pedagógica, assegurou que para as pessoas ficarem em casa é necessário salvaguardar alguns aspectos fundamentais como água nas casas, energia, acesso a tecnologia de comunicação e rendimento permanente. “E em Moçambique só seis por cento é que tem estas condições”, disse Prista tendo acrescentado que “não devemos imitar os outros. Devemos olhar para a situação do país”.
Por seu turno, Alice Magaia, do Conselho Municipal de Maputo, avançou que um dos desafios da Edilidade de Maputo é implementar o plano de acção de controle da prevenção nos mercados. “Garantir distanciamento dentro do mercado, focalizado para o vendedor e clientes. E, houve necessidade de fazer o encerramento de mercados e foram abrangidos 11 mil vendedores a nível de 63 mercados e 5 feiras”.
Refira-se que no outro painel do dia, foi discutida a questão do impacto da comunicação na resposta à COVID-19.